Fenomenologia, Estética e História

Texto de EstéticaAntes de ter a inspiração que lhe indicou a possibilidade de refundar a filosofia, Immanuel Kant (1724-1804) poderia considerar seus artigos assistemáticos ou um tanto superficiais, mas não poderia dizer que não eram claros. Com o criticismo, entretanto, o rigor e a profundidade de sua argumentação exigiram o sacrifício da clareza em troca de um detalhamento do raciocínio que beirava a obscuridade. Por conta da difícil leitura de sua obra crítica, poucos foram os que compreenderam exatamente qual era a intenção de seu autor. Some-se a isso o voluntarismo incentivado pela Revolução Francesa (1789), mais as ideias ainda vivas de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), e o campo estava aberto a todo tipo de especulação que resultou no Idealismo Alemão ou no movimento romântico. A busca do absoluto por meio da reflexão pura, apesar de ter sido condenada por Kant, foi uma tarefa que os românticos se propuseram empreender com vigor, depois de Johann Gottlieb Fichte (1762-1814) ter defendido um eu absoluto e a união entre sujeito e objeto em uma intuição intelectual, totalmente contrária às teses kantianas – embora Fichte se considerasse um adepto da sua doutrina, chegando mesmo seu estilo a ser confundido com o do filósofo de Koenigsberg.
A Estética entre a Fenomenologia e a História é o novo texto inserido na seção de Estética de Filosofia Moderna, de Discursus.

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