Números

A corrente filosófica inaugurada por Pitágoras de Samos (582-497 a.C.) tornou-se uma experiência mística que assumiu aspectos religiosos e de facção política. As estranhas exigências e ideias defendidas desde cedo foram ridicularizadas por seus contemporâneos Xenófanes de Cólofon (580-460 a.C.) e Heráclito de Éfeso (545-480 a.C.). Xenófanes fazia piada da suposição de que as almas poderiam transmigrar dos corpos humanos para os de outros animais, após a morte. Heráclito, por sua vez, combatia o excesso de erudição vazia (polimathia) que lhe parecia simples charlatanismo.

Texto sobre Questão de Números no pitagorismo fala do início da matemática na Filosofia Antiga ocidental.

Grande Pátria Desimportante

O relatório do programa Programa para Avaliação Estudantil Internacional (PISA) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contendo os resultados dos testes de eficiência no ensino em 2015 revela o desastroso estágio pedagógico alcançado pela organização criminosa que exerce o poder no Brasil, desde 2003. Em comparação aos exames de 2012, o de 2015 incluiu 76 países ante os 65 que participaram do anterior. Além disso, concentrou a avaliação nas competências em matemática e ciências, a fim de estabelecer correlações com o potencial de crescimento econômico gerado pelo bom aprendizado nestas áreas do conhecimento.

Sala de aula do ensino primário em Singapura. Fonte: http://www.straitstimes.com

Entre os 65 países de 2012, o Brasil ficou na 58ª posição, com seus estudantes de 15 anos de idade variando entre a 57ª e 60ª na média de ciências e matemática. Três anos depois, o país caiu sua média mais duas colocações ficando na 60ª casa em um total de 76 nações. Singapura que fora a segunda colocada antes, agora chegou ao primeiro posto, enquanto Gana estreou no último lugar. Dos dois países de língua portuguesa, Portugal ficou com a melhor avaliação na 30ª colocação. Dos nove da América Latina, o Chile foi o melhor pontuado, em 48º. Abaixo do Brasil, no continente, ficaram Argentina (62), Colômbia (67), Peru (71) e Honduras (74).
Para OCDE, se investisse melhor em educação o Brasil teria potencial para crescer até sete vezes mais nas próximas décadas. Porém, das seis metas para educação assumidas, através da Declaração do Milênio, que teriam de ser cumpridas em 2015, o país atingiu apenas duas: garantiu a universalização na educação primária das crianças e a igualdade de gêneros no acesso à escola. Por outro lado, deixou de investir na qualidade do ensino, devido a preocupação ideológica de apresentar apenas grandes quantidades de números ineficientes e sem conteúdo.
No Fórum de Educação Mundial, de 2015, na Coreia do Sul, novas medidas educacionais serão sugeridas para 2030. Mas o Brasil só terá condições de realizar seu potencial de crescimento econômico se abandonar a política demagógica e a falsidade ideológica estampada no lema de sua propaganda chapa-branca que diz ser uma “pátria educadora”, sem ao menos saber dos compromissos reais assumidos pelas localidades que verdadeiramente se inscreveram no movimento Cidades Educadoras.

Fontes
http://www.bbc.com/news/business-32608772
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150512_5licoes_pisa_educacao_pai
http://www.oecd.org.edu/pisa
http://www.straitstimes.com

Conceito

De um modo geral, a definição de “conceito” como um termo dotado de significado não seria problemática, não fosse a existência de diversas teorias sobre o significado que alteram de forma radical o que se entende por conceito. Os filósofos que trabalharam sobre a capacidade de entendimento humano – nomes da envergadura de Platão, Aristóteles, Leibniz, Kant, entre outros – tinham cada qual uma compreensão própria de como as palavras passam a significar alguma coisa. Até meados do século XIX, todos esses autores raciocinavam sob a perspectiva da lógica aristotélica, desdobrada pela escolástica medieval, e, em sua maioria, adotavam a teoria representacional do significado, onde uma imagem ou representação mental seria a base do conceito.

Texto sobre a definição de Conceito em Frege foi inserido na seção de Filosofia Contemporânea, de Discursus.

Agora Hegel

Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) é um dos nomes mais polêmicos da história da filosofia. Admirado por uns, detestado por outros, foi um dos alvos prediletos do ódio que Schopenhauer nutria pelos “três sofistas” da universidade alemã – Fichte, Schelling e Hegel. Teve uma carreira acadêmica que oscilou do sincero entusiasmo juvenil pela Revolução Francesa até o conformismo e admiração pela monarquia restaurada no momento em que se tornou reitor da Universidade de Berlim e filósofo oficial, no final de sua vida.

Agora, foi inserido um texto Apresentando Hegel na seção de Metafísica de Filosofia Moderna.