Conclusão de Teoria dos Jogos

Campos Interdisciplinares

(…) A solução dos problemas vividos por toda uma geração neste começo de milênio depende de uma correta compreensão de como a ação de cada ser humano no passado contribuiu para o estado de coisas alarmante dos tempos atuais. Poluição, devastação do meio ambiente, superpopulação, má distribuição de recursos e miséria são consequências da cegueira de teorias para a ação individual e o impacto do somatório dos seus ganhos no resultado final da interação humana. Como parte da microeconomia, a Teoria dos Jogos chama atenção para os efeitos das escolhas de cada um sobre a condição geral de todos envolvidos.
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Nova Visão da Ética

Da filosofia, pode-se dizer que foi a origem de todas as ciências. No início, passado o espanto original da percepção da regularidade dos fenômenos, os primeiros filósofos grosseiramente tentaram estabelecer princípios que pudessem explicar a origem de todas as coisas. Pouco a pouco, um maior refinamento do debate filosófico exigiu a formulação de argumentos e conceitos que abarcassem as objeções que vinham sendo feitas. Da simples observação dos fenômenos e dedução de sua ocorrência, voltou-se para formulação de hipóteses que depois deveriam ou não ser confirmadas pela experiência. Por vezes, a lógica perfeita do conjunto de proposições era um substituto conveniente para qualquer prova material. Assim, surgiu o pensamento metafísico e a própria ética que não se detinham pela ausência de qualquer contraexemplo que justificasse suas pretensões.
Leia agora o penúltimo texto do curso de Teoria dos Jogos e da Cooperação sobre Uma Nova Visão da Ética.

Uso de Jogos nas Diversas Disciplinas

Logo no primeiro capítulo de Theory of Games and Economics Behavior, John Von Neumann e Oskar Morgenstern colocaram como única possibilidade de solução para os problemas de diversas situações típicas da economia – troca de bens, monopólio, oligopólio e livre competição – a abordagem destes através dos métodos matemáticos contemporâneos. A teoria dos jogos moderna já surgia como a responsabilidade de aplicar as técnicas de uma disciplina (a matemática) sobre outra (a economia). As análises dos jogos estratégicos vinham desenvolvendo-se, desde 1928, com a pesquisa de matemáticos acerca da melhor maneira de vencer em jogos de xadrez, pôquer e outros divertimentos de salão. A ideia era de que o comportamento econômico poderia ser descrito ou interpretado do mesmo modo que esses jogos estratégicos.
Continue lendo segundo texto da última unidade do curso de Teoria dos Jogos e da Cooperação que trata de:

Jogos e sua Utilidade Prática

Logo que tiveram notícia da descoberta do conceito de ponto de equilíbrio, por John Nash, Merrill Flood e Melvin Dresher elaboraram o experimento que ficou mundialmente famoso – depois da história montada por Albert W. Tucker – como Dilema dos Prisioneiros. O objetivo era saber se pessoas que desconheciam a ideia de equilíbrio de Nash, ao se depararem com uma situação semelhante à matriz do jogo, reagiriam conforme a previsão teórica, desertando mutuamente. A experiência foi realizada nos laboratórios da corporação RAND, com John Williams, chefe do departamento de matemática da empresa, e o economista Armen Alchian, da universidade de Los Angeles (UCLA). O jogo foi repetido em 100 rodadas e, ao contrário de estimular o uso da estratégia dominante – a deserção -, acabou por gerar a cooperação entre os jogadores, longe do ponto de equilíbrio.

Sem Novidades no Ensino

Ilustração de Arthur RackhamO Brasil amargou mais um péssimo resultado nos testes de ensino realizados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em exames feitos em 2012, para avaliar o desempenho na solução de problemas, com alunos de 15 anos, o  programa internacional para avaliação de estudantes (The Programme for International Student Assessment – PISA) revelou que o país está entre os sete piores resultados dos 44 que participaram da pesquisa, com uma média geral de 428 pontos. O percentual de jovens brasileiros abaixo do nível 2 acumulou 47,3% e apenas 1,8% atingiu os níveis superiores ao quinto.

Em Singapura – primeiro colocado, com 562 pontos -, só 8% ficaram abaixo do segundo nível, enquanto 29,3% superaram o nível cinco.  A média dos países da OCDE foi de 500 pontos. Portugal obteve 494, na 24ª posição. Os quatro países da América Latina que participaram do PISA 2012 estavam entre os nove últimos colocados, sendo o Chile melhor avaliado, com 448 pontos do 36º lugar, e a Colômbia o pior com 399 pontos, na última colocação. Esse é o resultado desastroso de nações que se deixam governar por organizações criminosas que têm como única prioridade a manutenção do poder.

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