Fenomenologia, Estética e História

Texto de EstéticaAntes de ter a inspiração que lhe indicou a possibilidade de refundar a filosofia, Immanuel Kant (1724-1804) poderia considerar seus artigos assistemáticos ou um tanto superficiais, mas não poderia dizer que não eram claros. Com o criticismo, entretanto, o rigor e a profundidade de sua argumentação exigiram o sacrifício da clareza em troca de um detalhamento do raciocínio que beirava a obscuridade. Por conta da difícil leitura de sua obra crítica, poucos foram os que compreenderam exatamente qual era a intenção de seu autor. Some-se a isso o voluntarismo incentivado pela Revolução Francesa (1789), mais as ideias ainda vivas de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), e o campo estava aberto a todo tipo de especulação que resultou no Idealismo Alemão ou no movimento romântico. A busca do absoluto por meio da reflexão pura, apesar de ter sido condenada por Kant, foi uma tarefa que os românticos se propuseram empreender com vigor, depois de Johann Gottlieb Fichte (1762-1814) ter defendido um eu absoluto e a união entre sujeito e objeto em uma intuição intelectual, totalmente contrária às teses kantianas – embora Fichte se considerasse um adepto da sua doutrina, chegando mesmo seu estilo a ser confundido com o do filósofo de Koenigsberg.
A Estética entre a Fenomenologia e a História é o novo texto inserido na seção de Estética de Filosofia Moderna, de Discursus.

Miséria e Desigualdade Desmascaradas

Texto sobre PolíticaO último relatório do Programa Bolsa Família, de dezembro de 2015, revela que o governo da organização criminosa pagou em média R$162,34 de benefício a 13.916.791 famílias brasileiras. Considerando que cada família deve ter no mínimo dois membros (mãe e filho), menos de R$82 foram pagos em média a cerca de 27 milhões de pessoas inscritas no programa assistencialista. De acordo com as Metas de Desenvolvimento do Milênio, estão na extrema pobreza as pessoas que ganham abaixo de US$1,25 PPP (por poder de compra) ao dia. O que significa que, quem recebe menos de US$37,50 PPP em um mês, se encontra na miséria absoluta.

Uma maneira prática e clara de avaliar o poder de compra de um dólar estadunidense em diversos lugares no mundo é confrontar os preços de um produto ou serviço realizado nos Estados Unidos com o mesmo produto ou serviço feito no país a ser comparado. A revista britânica Economist, todo ano, faz a análise do valor de um sanduíche (o Big Mac) em vários lugares do mundo. No Brasil, em janeiro de 2016, esse produto custava R$13,50, ou US$3,35 pelo câmbio de R$4,02 (32% a menos que seu preço nos EUA – onde custava US$4,93). Com isso, o poder de compra do dólar equivalia a R$2,74 (13,5/4,93). Desse modo, para sair da miséria absoluta, cada brasileiro deveria receber mais de R$102,75 por mês, em janeiro de 2016. Donde se conclui que mais de 27 milhões de brasileiros – 13% da população que sobrevive do programa assistencialista da política neocoronelista do governo da organização criminosa – estão abaixo da linha de pobreza determinada por protocolos internacionais.

Miséria Escondida

Retrato do Neo-Coronelismo da política brasileira. Fonte: Internet.

As estatísticas enganadoras e fraudulentas dos corruPTos não resistem a uma auditoria independente e honesta, como comprova a matéria sobre a desigualdade subestimada pela Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) do instituto estatal, desmascarada por uma consultoria econômica.

Fontes
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php?file=entrada&relatorio=153
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,classe-a-tem-maior-fatia-da-renda-do-pais,10000007285
http://www.economist.com/content/big-mac-index

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Juízos Estéticos

Depois de enfrentar duas difíceis introduções, o leitor da Crítica do Juízo, de Immanuel Kant, já está preparado para lidar com textos bem mais complexos do que os apresentados nas divisões da “Analítica” e “Dedução”. O corpo da CJ flui com maior facilidade que suas apresentações. Entretanto, ainda há algumas idiossincrasias típicas, como manter a discussão sobre a dedução dos juízos estéticos na parte que cabe à analítica do sublime, quando diz respeito apenas ao belo. De todo modo, a CJ ficou dividida em duas partes principais relacionadas com os juízos estéticos – analíticas do belo e do sublime; dedução e dialética – e juízos teleológicos – analítica, dialética e metodologia. Aqui, serão abordadas as duas primeiras analíticas e a dedução dos juízos estéticos, ficando o restante da obra para outra ocasião.
Dos Juízos Estéticos é o terceiro texto de filosofia Moderna sobre a Estética kantiana que vai além de uma mera teoria da arte.

A Arte de Kant

A teoria da arte kantiana é uma das mais importantes da história da filosofia. Suas ideias sobre o assunto rivalizam com as de Aristóteles (384-322 a.C.) e Platão (424-347 a.C.), antes dele, e as posteriores sofrem sua influência direta ou indiretamente, como Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), Arthur Schopenhauer (1788-1860), Friedrich Nietzsche (1844-1900) etc. Por ser um marco divisório, sua obra pode ser estudada sem a necessidade de se recorrer a uma retrospectiva histórica do debate acerca das questões técnicas que o antecedeu. Immanuel Kant (1724-1804) discute principalmente com seus contemporâneos – sobretudo Alexander Gottlieb Baumgarten (1741-1762) -, enquanto procura colocar a arte no lugar de destaque em sua arquitetônica filosófica.
Nova seção de Estética, introduzida em Filosofia Moderna, traz artigo sobre a Teoria da Arte Kantiana.